quinta-feira, maio 14, 2009

Epitáfio


Num quarto de hospício a louca escrevia intermináveis cartas de amor
Escrevia com fervor versos e poesias
 esperando ansiosamente as noites de Lua cheia
Nessas mesmas noites ela dançava e cantava canções de outrora que só ela conhecia
Um dia a Lua cheia saiu e o silêncio se fez em seu refúgio
Seu corpo se pôs imóvel e a louca calou-se para sempre 
Cansou de cantar a miséria de um grande amor que nunca responde. 

Renata Maria

2 comentários:

Anônimo disse...

A louca calou-se porque na Lua foi morar...
E de lá não dá para escutar...
O amor a propagar...
Mas a todos dá para observar...
A felicidade da louca e da Lua ao se mostrarem .Todas as noites no magnífico espetáculo do luar.

Mocinho disse...

... E o "grande amor" respondeu, mas suas palavras parecem já não fazer sentido. Talvez o Tempo dos Loucos tenha passado e ficado no passado; É o que parece, mas não é nisso que acredito. Enfim, é o que parece...