Para Sofia e Arthur.
Ele era bom, como poucos, em dias como os nossos.
Seguia acreditando num mundo onde um sorriso faz a diferença.
Costumava dizer que plantava sonhos em seu telhado.
Colhia estrelas. Colecionava arco-íris. Cultivava dias azuis.
Diariamente distribuía potinhos com receitas deliciosas de felicidade.
Certo dia, ele partiu, apressado, carregando malas repletas de potinhos.
Dizia que o mundo precisava conhecer suas receitas. E assim, se foi.
Deixou saudade sem tamanho. Deixou também um pouco de tudo que levou.
A saudade permanece, assim como os sonhos, arco-íris, dias azuis e potinhos de felicidade.
Meu quintal sem ele já não é o mesmo. Mas hoje, continuo o que me ensinou.
Agora preciso ir, pois já está na hora de plantar os sonhos e ver nascer sorrisos.
Renata Maria