quinta-feira, agosto 24, 2006

Será que ela existe mesmo ou só anda perdida por aí?!

Paz?










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Fatos e fotos
Retratam a vida
Pintada em vermelho
Pelo sangue derramado
De inocentes sem vida

Em seus leitos de paz
Paz?
Palavra vencida
Passada da validade
Sem a menor vaidade

Perdeu o status
Em tempos de dores
E lágrimas insones
Onde nada somos
Ou nem sequer podemos sonhar...
Diante de tantos ataques
Fogo cruzado entre povos
Assistimos como expectadores

Aterrorizados pela fumaça
Que densa se faz e desfaz
Triste cidades em pedaços
Onde vidas vão sendo roubadas
Por covardes ladrões de almas
Ouvimos gritos soltos

Altos, perdidos no espaço
Desesperados pedindo socoro

Em busca de um fio de esperança,
ESPERANÇA?!!!
Mas essa de tão velha
Já nem ouve mais.

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quarta-feira, agosto 09, 2006

Sem palavras...

... "quando penso que na vida conheço alguma coisa sobre caminhos, aprendo que o caminho conduz sempre a algum lugar novo “porto seguro ou além-mar”. E que um lugar pode viver dentro de uma pessoa." Tens luzes dentro de ti! Luzes que deságuam no oceano do corpo e que inundam o poço profundo dos olhos dos passantes que te rodeiam. Teus cabelos adornados pelo céu são como flores amarelas, que enfeitam as casa simples dos moradores da bela serra onde te conheci. São amalgamas do mais belo fogo adoçado que queima vespertino de dentro para fora de nós. Teus olhos urgem demonstrar segredos que teimas em manter cativos dentro de ti. São auréolas divinas que norteiam a verdade que carregas consigo. O acaso sereno e belo do balé incidental e sincero das crianças que dividem a existência entre o prazer de ser e amar. São as amostras das virtudes, finos e transparentes como a pele do pêssego... Mas profundos como a beleza plástica das romãs. Tua boca “odisséia” tem a curvatura retilínea e uniforme do âmbar florido em mel cristalino. Parece uma passagem serena para um caminho sem volta, donde pode ser possível senti todas as virtudes, e alguns mistérios envoltos num sorriso azul turquesa: - cálida viagem ao infinito. Toca-los seria reordenar o mundo finito que se compôs em função da perda daquilo que confiamos chamar de paraíso. Teu corpo foi ornado por deuses silvestres que caminhavam, em boa hora, rumo a uma celebração dominical. Tens a estatura perfeita para correr descalça, saltar as ondas do mar, caminhar por dunas em busca do mais belo pôr-do-sol, ou reverenciar a lua por sobre as muralhas urbanas. Ao passo que tens estrelas que escapolem por todo o corpo. Curvas sinuosas, harmônicas, voluptuosas, tão envolventes que podem desconstruir a firmeza viril e lúdica de todos os cavalheiros de boa fé. Tuas mãos são belas, suaves, delicadas, femininas, apontam para vitória. Tua crônica é assim... Como você! Não têm começo nem tem fim... Justifica-se por si mesma. Como o forte amor que representas... Quando eu deixar as coisas de menino e me torna homem. E isso será antes de ti. Quando for tarde em meu viver e as luzes se fizerem pequenas na minha vista cansada. Quando deitado, prostrado diante do mundo me entregar à razão alheia daqueles que vieram me buscar. Quando a rua se fizer mais turva e o badalo final de um último sopro de vida se consumar. E se alguém tardar em me perguntar o que de belo vi nesse mundo de tantas coisas vivas, mas também de desalinho e tristeza. Quero dizer que te conheci. E que você ainda vive. Que te senti e experimentei de tua luz.. Que assim seja!
Querido amigo,Vinícios Ferraz – sem titulo (algum dia entre 17 e 18 de julho).

quarta-feira, agosto 02, 2006

O que falar dessse livro? É difícil, ele já diz tudo.

O que falar desse livro? É difícil, ele já diz tudo.
Infantil? Talvez. A doçura das palavras e crenças em sentimentos tão puros e sinceros que os adultos ainda não compreendam. Lições de amor cativado, laços eternos de amizade, mesmo essa estando distante em outro planeta.
A busca do homem por tudo que é externo, esquecendo que nem ele mesmo se encontrou. Sejam bem vindos ao universo do Pequeno Príncipe, o planeta dele é muito pequeno, porém seu coração abriga o universo.
A Exupèry o meu mais sincero agradecimento e admiração.

" - A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto..."

" - Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração.
O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."

"- O que é importante, a gente não vê...
- A gente não vê...
- Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
- Todas as estrelas estão floridas.
- Tu olharás, de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim, Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas... Serão, todas, tuas amigas. E depois, eu vou fazer-te um presente...
Ele riu outra vez.
- Ah! meu pedacinho de gente, meu amor, como eu gosto de ouvir esse riso!
- Pois é ele o meu presente...
- Que queres dizer?
- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez.
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu.

Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco.
Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
- Será como se eu te houvesse dado, em vez de estrelas, montões de guizos que riem..."


Acredito que por isso as estrelas e os mistérios do céu infindo tanto me encantam...Sei que em uma delas habita um belo principezinho que um dia me ensinou a sorrir e chorar, ou melhor, me ensinou o verdadeiro sentido da palavra "amor".

Renata Costa

terça-feira, agosto 01, 2006

Borboleta pequenina saia fora do rosal, venha ver quanta alegria que hoje é noite de natal...

Borboleta Azul










Borboleta azul
Que paira mansa no ar
Em busca do teu universo
Inverso nas pétalas
Da tua preferida flor lilás
Bailado suave
Encantador olhar
Através de tuas asas
O tempo vive
E a felicidade renasce
Em tons de todas as cores
Lilases...
Vens de lugares longínquos
Para enfeitar a singela primavera
E padecer no crepusculário
Onde num dia qualquer
Sentada em frente ao mar
Sonhaste com o encontro
Do infinito com as tuas mãos
E assim...
Naquele momento, sem querer;
Foste para sempre feliz.