quinta-feira, agosto 24, 2006

Será que ela existe mesmo ou só anda perdida por aí?!

Paz?










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Fatos e fotos
Retratam a vida
Pintada em vermelho
Pelo sangue derramado
De inocentes sem vida

Em seus leitos de paz
Paz?
Palavra vencida
Passada da validade
Sem a menor vaidade

Perdeu o status
Em tempos de dores
E lágrimas insones
Onde nada somos
Ou nem sequer podemos sonhar...
Diante de tantos ataques
Fogo cruzado entre povos
Assistimos como expectadores

Aterrorizados pela fumaça
Que densa se faz e desfaz
Triste cidades em pedaços
Onde vidas vão sendo roubadas
Por covardes ladrões de almas
Ouvimos gritos soltos

Altos, perdidos no espaço
Desesperados pedindo socoro

Em busca de um fio de esperança,
ESPERANÇA?!!!
Mas essa de tão velha
Já nem ouve mais.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Acredito que só anda perdida por aí...
Está faltando apenas nós pararmos e olharmos o próximo e não vermos como um estranho...Temos que nos convencer e perceber que estão nos pequenos atos feitos que movem a humanidade...coisas simples, ajudar sem pedir nada em troca, sermos honestos, compreensivos...Mesmo que no nosso caminho presenciemos tantos absurdos, com tantos corruptos, com tantos egoístas, com tantos sem educação, com tanta miséria e nunca desistir nem perder a ESPERANÇA...o nosso exemplo de vida é algo precioso que deixamos aos outros.
A dica é o AMOR.
FAZER TUDO COM MUITO AMOR!!!

Anônimo disse...

Doce Milagre

O dia chora. Agonizo
Com ele meu doce amor.
Nem a sombra dum sorriso,
Na Natureza diviso,
A dar-lhe vida e frescor!

A triste bruma, pesada,
Parece, detrás da serra
Fina renda, esfarrapada,
De Malines, desdobrada
Em mil voltas pela terra!

(O dia parece um réu.
Bate a chuva nas vidraças.)

As avezitas, coitadas,
‘Squeceram hoje o cantar.
As flores pendem, fanadas
Nas finas hastes, cansadas
De tanto e tanto chorar…

O dia parece um réu.
Bate a chuva nas vidraças.
É tudo um imenso véu.
Nem a terra nem o céu
Se distingue. Mas tu passas…

E o sol doirado aparece.
O dia é uma gargalhada.
A Natureza endoidece
A cantar. Tudo enternece
A minh’alma angustiada!

Rasgam-se todos os véus
As flores abrem, sorrindo.
Pois se eu vejo os olhos teus
A fitarem-se nos meus,
Não há de tudo ser lindo?!

Se eles são prodigiosos
Esses teus olhos suaves!
Basta fitá-los, mimosos,
Em dias assim chuvosos,
Para ouvir cantar as aves!

A Natureza, zangada,
Não quer os dias risonhos?…
Tu passas… e uma alvorada
Pra mim abre perfumada,
Enche-me o peito de sonhos!

Florbela Espanca

Anônimo disse...

...seja bem-vinda a sua volta...estava com saudades!!
:)

JuHits disse...

É um vexame internacional ver a ignorância do Bush ceder às táticas dos fundamentalistas. Eu até respeito a luta religiosa pela terra que o Deus de cada um prometeu. A morte digna de um corpo que se mata pelo maior inalcançável no mundo palpável.
Agora, assistir em casa o tom falho de "ordem inteligente" daquele jeguezinho me dá nojo. O sangue do seu texto está muito mais vermelho por causa dele, que é a favor até da matança americana. Nenhum país produz tanto filme de autodestruição como o dele. Dá um nó na minha garganta acompanhar isso em pleno século XXI. O Bush foi uma das piores catástrofes mundiais.