segunda-feira, julho 31, 2006

Essa é a linguagem que sempre quero falar e ouvir...


Linguagem do Mundo



"A parte mais importante e mais sábia da linguagem que o mundo fala, e que todas as pessoas da Terra são capazes de entender em seus corações é o Amor, uma coisa mais antiga que os homens, e que no entanto, ressurge sempre com a mesma força onde quer que duas pessoas, dois pares de olhos se cruzem. Aí está a pura linguagem do mundo, sem explicações, porque o Universo não precisa de explicações para continuar seu caminho no espaço sem fim. Quando se mergulha na linguagem Universal, é fácil entender que sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra,seja no meio de um deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrívelde que todas as coisas debaixo do solforam escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que faz uma alma gêmea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana..."

Paulo Coelho

3 comentários:

Anônimo disse...

...E SE DEPENDER DE MIM, É SÓ O QUE OUVIRÁS...SENTIRÁS PRA SEMPRE...

Anônimo disse...

...AMAR-TE É MEU SONHO, MINHA REALIDADE, MEU ONTEM, MEU HOJE, MEU AMANHÃ...
ASS.: SEU ANÔNIMO QUE TE AMA MUITO.

Antes de amar-te


Antes de amar-te, amor, nada era meu:
vacilei pelas ruas e coisas:
nada contava nem tinha nome:
o mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
hangares cruéis que se despediam,
perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio,morto e mudo,
caído,abandonado e decaído,
tudo era inalienavelmente alheio,
tudo era dos outros e de ninguém,
até que tua beleza e tua pobreza
de dádivas encheram o outono.



Áspero amor, violeta coroada de espinhos...
Arbusto entre tantas paixões erguidas,
Lança das dores, coroa da ira,
Por quais caminhos e como te dirigiu a minha alma?
Por que precipitaste teu fogo doloroso,
Repentinamente, entre as folhas frias do meu caminho?
Quem te ensinou os passos que te levaram a mim?
Que flor, que pedra, que fumaça mostraram minha casa?
A verdade é que tremeu a noite apavorante,
A aurora encheu todas as taças com seu vinho
E o sol estabeleceu sua presença celeste,
Enquanto o amor cruel me cercava sem trégua,
Até que padecendo-me com espadas e espinhos,
Abriu meu coração um caminho ardente.

Pablo Neruda

Anônimo disse...

Amor

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então sorrir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...



Vinícius de Moraes